sábado, 17 de maio de 2014

Reflexão acerca do significado de uma gestão democrática e participativa.

Primeiramente, relato um aspecto fundamental para uma gestão democrática, e a importância de um gestor democrático, em que este estabeleça junto ao corpo docente, funcionários, alunos, pais/responsáveis a elaboração do PPP, no qual as necessidades da comunidade sejam contempladas, levando-se em conta todo o entorno, em que a unidade escolar está inserida. Fato ainda não vivenciado por mim, uma vez que a gestão é adepta a uma postura antidemocrática.
A meu ver, este documento (PPP) deve conter metas, ações e estratégias que viabilizam a todos os alunos em especial “os alunos NEE”. Tais propostas devem ser reavaliadas e refletidas a ponto de todos os envolvidos, diretamente, ou não, na aprendizagem.
FONTE: http://educaja.com.br/2011/01/projeto-politico-pedagogico-como-elaborar.html
Em síntese, sei que estabelecer uma gestão democrática é algo complexo, pois prima pelas relações de caráter interpessoal e seus objetivos, metas são tão difíceis quanto a sua elaboração, porém o PPP é o norteador da educação, cuja visão está voltada para a sua comunidade.
Eu não consigo conceber a ideia de que um documento de extrema relevância possa ser guardado e esquecido em uma gaveta, correspondendo somente às exigências de órgãos superiores. Ao passo que, deveria estar à minha disposição e de todos, que desejam saber as ações a que a escola se propos.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

O reconhecimento de minhas características físicas por meio de recursos imagéticos

Objetivo da proposta:
O reconhecimento do aluno como pessoa e suas características físicas, que o diferem dos demais amigos;
o respeito às diferenças.

Quem são os participantes?
A mediação pedagógica aconteceu na E.E. Prof Eduardo Ramos Esquível, cujos envolvidos na intervenção são: o aluno Lucas da Silva Ganguzo, matriculado regularmente na 6ª série/ 7º ano E, do Ensino Fundamental e o Prof Rafael Assis Campos, responsável pela mediação pedagógica no âmbito do AEE (atendimento educacional especializado).

Desenvolvimento da atividade
            Na intervenção de caráter pedagógico, optei por trabalhar com os conceitos do psicólogo romeno Reuven Feuerstein, cujos objetivos se organizam de modo sistematizado para o sucesso e garantia da aprendizagem do aluno, frente ao objeto de estudo.
A mediação levou em conta às peculiaridades do aluno, isto é, a deficiência intelectual e baseou-se, também, no conceito de plasticidade cerebral, visto que todo indivíduo é capaz de aprender algo, desde que haja intervenções pontuais, que respeitam, excepcionalmente, o ritmo de aprendizagem do referido aluno, mediante a uma situação de desafio e estímulo constante.
Sendo assim, a mediação consistiu-se em:
Primeiro passo:
Intencionalidade e reciprocidade: os recortes de partes do corpo, devidamente, pintados, em forma figuras recortadas são apresentados ao aluno e questionado a ele, se tem idéia do que elas significam. Gera-se, a partir daí, a focalização- momento em que o aluno analisa, cuidadosamente, o objeto e, desta forma se estabelece a reciprocidade em relação à minha intencionalidade.

Segundo passo:
Expansão ou transcendência: neste momento, eu coloquei o papel pardo sobre a mesa e propus que montássemos uma pessoa, no entanto, esta seria o retrato aluno e sugeri a ele que procurasse por partes do corpo, tais como: formato dos olhos, formato de boca, contorno do rosto, que, possivelmente, se assemelhavam às partes de seu corpo.
Perguntando da seguinte maneira: Veja esses olhos, com qual deles você acha que os seus olhos se parecem? E assim sucessivamente, para as demais partes do corpo, de modo que o aluno passou a pensar sobre si mesmo, e a maneira como se percebe.
Naturalmente, neste tipo de abordagem é importante que seja perguntado: Como? Por quê?Entre outras perguntas que explorem o conhecimento prévio do aluno e sua percepção sobre o assunto tratado.

Terceiro passo:
Mediação de significado: nesta etapa, eu mostro ao aluno a importância do autoconhecimento de si mesmo e de suas características físicas, que o diferem dos demais, por exemplo: ele tem cabelos castanhos, porém o seu amigo tem os cabelos louros, etc.
Ressalta-se, ainda, aqui o trabalho em relação às diferenças e o respeito a elas, invadindo, desta maneira, os valores éticos, pois tratamos também de valores que estão atrelados às relações interpessoais e a percepção do outro como diferente.

Quarto passo:
Mediação do sentimento de competência: Após a iniciativa do aluno, que procura montar o boneco, com base em suas características e o respeito na maneira como ele se percebe no espaço, é de extrema relevância estimulá-lo. Por isso, a cada parte do corpo escolhida e explicada pelo aluno, isto é, o porquê escolheu o rosto oval ao quadrado; procurei elogiá-lo com expressões do tipo: “muito bem”, “você se saiu muito bem”, “continue assim” e, por fim: “Parabéns”!
Tais expressões são imprescindíveis para o funcionamento cognitivo do aluno e proporciona-lhe a sensação de progresso na execução da atividade.
Durante o processo, o aluno apresentou dúvidas, por exemplo, em relação aos seus cabelos e, logo, foi necessária outra abordagem.

Quinto passo:
            Mediação da regulação e controle do comportamento (auto-regulação): considerando a dificuldade do aluno em decidir-se em relação ao tipo de cabelos, foi necessário intervir, ajustando o seu comportamento, sem interferir em sua maneira em relação à figura que deveria escolher. Propus a ele que se olhasse no espelho e observasse, novamente, as opções; Por fim, ele escolheu os cabelos ondulados. Logo, minhas palavras de estímulo: “muito bom”, deram-lhe toda a segurança de que havia feito a escolha adequada.
Desta maneira, trabalhamos todo o corpo do boneco- tido como retrato do aluno, nomeamos as partes do corpo e falamos sobre a função de cada um delas e das diferentes características que o tornam diferente e tão bonito como os demais alunos.
Ao fim da atividade, colamos o boneco no papel pardo; exatamente, como o aluno escolheu e achou que deveria ser, ou seja: negro, olhos pretos, cabelos ondulados, com dois braços e duas pernas, boca saliente e orelhas médias.
Posteriormente, colocamos o seu nome e o expusemos para que todos pudessem apreciá-lo, do mesmo modo como nos sentimos satisfeitos ao realizar esta atividade.

Materiais:
Cartolina para fazer os desenhos de diferentes partes do corpo, tais como: olhos, bocas, pernas, braços, orelhas, etc. O professor deve preparar o material e este será, previamente, colorido pelo professor e pronto para o manuseio do aluno.
Papel pardo cuja finalidade será de painel para a montagem do boneco.
Espelho (acessório), de modo que o aluno possa se observar diante dele e deve ser utilizado como último recurso.
Fita adesiva para afixar o cartaz pronto.
Canetinhas para a identificação do aluno, série, escola, etc.
Tempo:
2 aulas

Todos os passos realizados nesta atividade seguem os pressupostos descritos pelo psicólogo romeno Reuven Feuerstein, que serviu, apenas, como fonte de pesquisa para sistematizar a atividade proposta e a mediação pedagógica.




Bibliografia
VECTORE. Célia Drª. DECHICHI. Claudia. Drª FERREIRA. Madureira Juliene Ms.Mediação pedagógica como estratégia de atuação junto a alunos do AEE. UFU, 2010.








O Processo de Inclusão de Crianças

com Necessidades Educacionais Especiais



Inclusão: "ser Normal é Respeitar as Diferenças"



quarta-feira, 19 de março de 2014